For The Glory - Some Kids Have No Face

É incrivel a quantidade de vezes que já vi For The Glory. E a quantidade de t-shirts que tenho da banda. Já são 10 anos e vão pelo menos 8 desde a primeira vez que os vi. Foi no Side by Side no Laranjeiro com Deadly Mind, Devil In Me e Bulletproof. As outras bandas, sinceramente não me lembro quais foram.
Na altura as grandes malhas de FTG eram mesmo a Drown In Blood e a Fall In Disgrace sempre acompanhadas com mil sing alongs. Algo que não mudou nos concertos da banda. E ainda bem porque é algo que adoro.

Pelo caminho, muitas histórias e alguns lançamentos. Começando com a Demo Tape e o EP Drown In Blood, passando pelo (pesado) Survival Of The Fittest, uma split com Black Friday 29, mais um EP e tal e depois este Some Kids Have No Face.
Depois de tanto amor pela banda, nada me poderá fazer mudar o sentimento, nem que comecem a tocar funáná ou bossanova!

Som bem pesado, rápido mas com uma mensagem mega positiva. Até aqui, tudo sem espinhas. E em relação a este LP, que só pelo facto de ser picture disc já faz dele algo bem catita, é uma especie de continuação do Survival. Na mesma linha mas ainda mais coeso. E a The Pack com participações de tanta gente conhecida da cena é a cereja no topo do bolo.

Alguém disse, uma vez, que FTG está para os 00's como X-Acto esteve para os 90's. Concordo a 100% não só pela importancia, como também por tudo aquilo que a banda representa. É A banda hardcore portuguesa. Mete qualquer uma no bolso!

Ruiner & Day Of The Dead

Bem, baza lá pôr o gira-discos em 45rpm senão isto parece Sigur Rós a morrer devagarinho.

Se bem me lembro comprei este split 7inch num show em Cascais com Confronto. Estava lá imensa gente para ver os manos do Brásiu, mas infelizmente, por motivos, não pude ficar para ver tudo.

Com Ruiner do lado A (ou B) descobri uma banda que mais tarde se tornou das minhas preferidas. Ok, não são as melhores deles mas ficam bem no ouvido e a Dear Philadelphia é buena!

Do lado B (ou A) temos DOTD. Banda da cena tuga. Veteranos da cena. Toda a gente os conhecia, mas não era fixe gostar da banda. Nunca entendi o porquê. O Old Habits Die Harder é dos melhores EPs de sempre da tuga.

Bitter Words tornou-se das minhas favoritas e ainda hoje vibro bué com a malha. E a We Couldn't Care Less é tirada do LP. Por isso, nada de extraordinário.

Anyway, para concluir, se o disco tivesse apenas a Bitter Words, continuava a ser bom! E quando digo "bom", é mesmo BOM!

Deftones - White Pony

Abuso. É só o que tenho a dizer.

Ano 2000 a representar em força. Novo milénio, nova direcção para a banda e nova vida para todos. Pelo menos no meu caso assim foi.
Acompanhou-me desde que comecei a levar a vida mais a sério. Ainda há pouco tempo me lembrei que recebi a noticia da morte de um familiar próximo enquanto ouvia a Passenger. Uma intensidade unica que ainda hoje me faz arrepiar.

Todas as musicas são sublimes e cada uma conta uma história demasiado real que nem sei por onde começar.
A primeira vez que ouvi foi na "antiga" rádio Marginal, na altura em que passava música a sério, e não música de elevador. A primeira musica que ouvi foi a Change e o que primeiro me saltou à "vista" foi aquele "vuuuuu" do sintetizador que me fez logo lembrar a Burn de The Cure.
Não posso deixar de dizer também que foi graças a este album que o Chino resolveu criar Team Sleep (que ja faziam um album novo, Crosses é um pouco chato).
Não consigo mesmo descrever este disco sem me repetir demasiado. Gosto. Mesmo. Muito.

Pointing Finger - Milestone

Não preciso dizer que este é dos meus discos preferidos, pois não? Comprei-o à Joana (Take The Risk one love!) no último concerto de Pointing Finger em Lisboa. Lembro-me bem de chegar à banca do merch e ver, para além do disco uma t-shirt de Fight For Change, que para além de vermelha era um XS. Sim, na altura eu era bem magrinho. Mas não interessava o tamanho, tinha de a ter! E hoje está bem esquecida no armário.
Anyway, assim que decido levar o vinil para casa, lembro-me de alguém me dizer "leva o preto que é mais raro" e eu "say what? Mas o verde é mais bonito!" Mal sabia eu que o que me diziam era mesmo verdade. Estudasse!
Mas voltando ao que interessa, nesta altura, edge que se prezasse teria que gostar de Pointing Finger. Banda mitica da cena algarvia e até da cena europeia, pois penso que (se a memória não me falhar) chegaram a fazer tours com Reaching Forward (ex membros de Eyeball e Mainstrike). Pelo que consta, até na Indonésia estes manos eram conhecidos!
Bem, para começar a capa do album é uma foto dum show qualquer na Suécia. E cada faixa transpira straight edge por todo o lado sem ser demasiado elitista.
Em termos musicais é um pouco mais melódico que os EPs e a regravação da She Won't Forget não fica nem perto da "original". Mas só para terminar a You Can't Keep Me Down é só bue boa!
Saudades da banda, dos shows, do pessoal e até do Algarve. Saudades da Associação de Musicos de Faro. E com isto lembrei-me dum certo show de The First Step hahaha mas já lá chegamos!
De qualquer das formas este é daqueles discos que só vendia por 100 contos! For realzzz!